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quinta-feira, 31 de março de 2016

O caso Ana Lídia Braga
Davi Holanda

O caso Ana Lídia Braga

Ana Lídia estava na 1ª série: superprotegida pela família, não andava desacompanhada
Com mais de 40 anos de investigação, o caso Ana Líbia Braga ainda contém muitos mistérios.

Tinha sete anos de idade quando foi estuprada e assassinada, em 1970, pelo filho do então ministro da Justiça, o jovem Alfredo Buzaird Jr. Consta que Ana Lídia foi vendida pelo irmão, Álvaro Henrique Braga, para alguns filhos de políticos, e que teria sido levada ao sítio do então vice líder da ARENA, Eurico Resende.

Lá foi assassinada quando Alfredo Buzaird Jr.,Eduardo Ribeiro Resende e Raimundo Lacerda Duque estavam no sítio. A justiça atuou com bastante preguiça nas investigações: não houve análise do sêmen das duas camisinhas encontradas ao lado do corpo de Ana Lídia, as digitais no cadáver não foram especificadas, nem as marcas dos pneus de carros no local do crime. 

A própria família de Ana Lídia se mostrou passiva no decorrer das investigações. Em 1974, o Departamento de Polícia Federal solta comunicado que diz:

“De ordem superior, fica terminantemente proibida a divulgação através dos meios de comunicação social escrito, falado, televisado, comentários, transcrição, referências e outras matérias sobre caso Ana Lídia e
Rosana”.

Via As Mina na História :)

"O Estupro de Crianças – de Valentina à Araceli e o Preço que todas nós pagamos" 


Confira também no Wikipédia
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terça-feira, 29 de março de 2016

O elefante Lin Wang
Davi Holanda

O elefante Lin Wang

Lin Wang foi um veterano da Segunda Guerra Mundial, tendo lutado tanto do lado japonês quanto do lado chinês na Segunda Guerra Sino-Japonesa (uma guerra entre China e Japão).

Imagina só qual era o nome original de Lin Wang? era Ah Mei, “O Lindo” rsrs. Sua tarefa era puxar canhões para o exército japonês no meio das selvas de Burma, até que sua unidade foi derrotada pelas tropas chinesas, em 1943. Ele continuou então sua carreira militar sob o comando dos chineses, até o fim da guerra. 

A Segunda Guerra Sino-Japonesa, que mais tarde se tornaria a Frente do Pacífico da Segunda Guerra Mundial, começou em 1939, reacendendo uma luta de décadas entre a China e o Japão. As forças entraram em confronto no continente asiático, lutando na China, bem como na Birmânia (então controlada pelos britânicos, sendo agora Myanmar).

Lin Wang também conseguiu o que poucos veteranos de guerra conseguiram: um final feliz. O exército chinês liberou-o em 1952, e ele encontrou um novo lar em um zoológico taiwanês. Lá, ele recebeu seu novo nome mais masculino (Lin Wang significa “Rei da Floresta”), e encontrou uma senhora elefante que se tornou sua companheira para o resto da vida.

Estátua de Lin Wang no zoológico de Taipei
Lin Wang se tornou o animal mais famoso em toda Taiwan, bem como o elefante de sua espécie que viveu mais tempo em cativeiro, falecendo em 2003 com 86 anos. O País fez luto com um funeral tradicional, como se ele fosse humano, acendendo incenso e queimando “dinheiro” em sua honra. Como homenagem, o zoológico de Taipei encontrou uma maneira de eternizar esse animal, criando uma estátua em tamanho natural dele

Fonte: Wikipédia

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segunda-feira, 28 de março de 2016

Albert Einstein visita o Jardim Botânico do Rio de Janeiro -1925
Davi Holanda

Albert Einstein visita o Jardim Botânico do Rio de Janeiro -1925

Criado em 1808 pelo príncipe regente D. João VI, o Jardim Botânico do RJ é um dos principais pontos turísticos da cidade e mundialmente conhecido por sua beleza. Por esta razão, o local já recebeu importantes visitas, entre príncipes, presidentes, celebridades. Dentre tantas, se destaca a visita do criador da teoria da relatividade: Albert Einstein.

Acompanhado de um rabino e do então diretor do Jardim Botânico, Pacheco Leão, Einstein fez uma visita de cerca de 2 horas pelo local. Hospedado na região da Glória, o JBRJ foi o ponto auge de um "agradável passeio pela Zona Sul do Rio de Janeiro". Os registros de sua visita e admiração pelo arboreto constam no livro de visitantes do JBRJ e no livro "Impressões da viagem de Einstein ao Brasil". 

"Saíram numa comitiva de sete carros fazendo um passeio pela cidade, até chegarem ao Jardim Botânico. Einstein estava deslumbrado com tudo o que via. Do Diretor do Jardim Botânico, Pacheco Leão, ouviu as estórias sobre o jequitibá, uma das maiores árvores da flora brasileira, e suas aplicações tanto para construção como para uso medicinal. O Jardim Botânico e a flora, de modo geral - superava os sonhos das 1001 noites. Tudo parecia viver e crescer a olhos vistos". (Impressões da viagem de Einstein ao Brasil - adaptação romanceada feita por Alfredo Tiomno Tolmasquim, a partir das anotações e diários do cientista e fontes orais e documentais)

Segundo consta, uma árvore em especial teria chamado atenção do ilustre visitante: o Jequitibá. Pacheco Leão foi apresentando cada espécie botânica do local ao cientista. Quando este ouviu que o Jequitibá era uma das maiores árvores brasileiras e suas aplicações tanto para construção como para uso medicinal, Einstein teria abraçado e beijado sua gigantesca raiz. 

O Jequitibá
No entanto, o cientista parecia estar deslumbrado com tudo o que via, e não apenas com o Jequitibá, tendo comparado o local as história de mil e uma noites. Por fim, registrou no livro de visitas do JBRJ o seguinte texto: 

"A visita ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro na agradável e amável companhia do Professor Pacheco Leão significa para mim um dos maiores acontecimentos que tive mediante impressões visuais (externas). Quero aqui mais uma vez expressar meus profundos agradecimentos".


Fonte: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro
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sexta-feira, 25 de março de 2016

quarta-feira, 23 de março de 2016

Odilon de Oliveira - o Juiz Federal mais ameaçado do Brasil
Davi Holanda

Odilon de Oliveira - o Juiz Federal mais ameaçado do Brasil

O juiz Odillon de Oliveira tem proteção 24h da PF
Odilon de Oliveira (67), nasceu em 26/02/49, Município de Exu/PERNAMBUCO. Retirante da seca, sua família migrou para o então Mato Grosso em 53. Filho de lavradores, trabalhou na roça até os 17 anos, onde foi alfabetizado em casa. Formou-se em Direito aos 29 anos. Foi Procurador Federal, Promotor de Justiça, Juiz de Direito. É Juiz Federal desde 1987. Sempre trabalhou em fronteiras como juiz federal, na área criminal. Condenou centenas de traficantes internacionais. É titular da única vara especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul. 

O juiz federal Odilon, vive sob escolta policial 24h por dia desde 1998, por conta das ameaças de morte recebidas. Nesse período de 18 anos, passou a ser amparado pela escolta até em seus sonhos. Os policiais que cuidam da segurança do juiz andam o tempo todo armados com submetralhadoras e pistolas.

A primeira gaveta do enorme armário de aço no gabinete do juiz federal Odilon de Oliveira está cheia. São inquéritos da polícia federal, gravações telefônicas, cartas, recortes de jornal, bilhetes saídos de presídios e extensas investigações. Tudo, absolutamente tudo sobre o mesmo tema: planos e ameaças para matá-lo. É que Odilon fez alguns inimigos atuando na Justiça Federal. E ninguém fica imune depois de ter desestruturado dezenas de organizações criminosas, ter condenado mais de 250 traficantes – ele perdeu a conta – e ter confiscado bilhões de reais do crime organizado.

Até 1997, um ano antes de viver sob a proteção da polícia, o juiz e a mulher tinham uma vida social mais intensa e até faziam aulas de dança de salão. Mas a rotina mudou. "Do trabalho sigo para a casa e, quando saio vou a um salão de beleza, ou na academia de ginástica, somente isso. De 15 em 15 dias reúno amigos, mas em casa".

"Desde que sou protegido, até meus sonhos, quando durmo, mudaram. Às vezes, sonho que estou fugindo dos policiais, pulando o muro de minha casa, depois bate um desespero, cadê os policiais? Mesmo quando sonho com outra coisa, vejo, na cena, um policial, é um tormento", conta o chefe da 3ª Vara Federal de Mato Grosso do Sul.

Pai de dois filhos e uma filha, já adultos, o magistrado é escoltado até dentro de casa, todos os dias, 24 horas por dia. "Os policiais moram numa guarita", diz. Ao todo, são dez investigadores da Polícia Federal, que vêm de fora do Estado e se revezam no turno de 24 horas. A cada dois meses há troca de agentes.

Por seu trabalho contra o tráfico de drogas, ele anda o tempo todo cercado de policiais federais e seguranças particulares. Como aqueles que colocou atrás das grades, ele perdeu a liberdade: ”’A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.” 

O magistrado mora em Campo Grande (MS), mas viaja com frequência para vários lugares - entre eles, a fronteira do Brasil com o Paraguai, que tem cidades comandadas pelo crime organizado. Ele já morou em Ponta Porã (MS), município fronteiriço, onde sofreu uma tentativa de assassinato.

"Acho que o juiz não deve temer nada, os criminosos devem ser punidos com rigor e a legislação brasileira, mudar, porque é fraca, favorece o crime organizado", opina.

Em seu escritório, Oliveira tem uma gaveta confidencial: "aqui estão os planos que encontrei para me matarem", diz. Único juiz do Brasil protegido a esse nível, com seguranças que o acompanham 24 horas por dia - o único dos quase 205 magistrados federais que já foi ameaçado oficialmente.

De 2005 a 2014, recuperou do crime organizado em torno de 259 casas e apartamentos, 150 propriedades rurais, 150 aviões e helicópteros, 890 carros e motos, 20 cabeças de gado, 15 milhões em dinheiro - total de 2 bilhões de reais. 


Recebeu dezenas de prêmios, nacionais e internacionais, dentre os quais: Ordem do Mérito Militar, por decreto presidencial de 30/03/2000; 2) Mérito pela Valorização da Vida – Secretaria Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, em 2009; 3) PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais, em São Paulo, em 2010; 4) Mérito Legislativo, em 2011 - Câmara dos Deputados Federais; 5) Prêmio da Organização das Nações Unidas (UNODC), em 2011.

Escoltas para a vida toda
Odilon de Oliveira diz que, mesmo quando se aposentar, em 2019 (daqui a três anos), quando tiver 70 anos de idade, ainda vai requisitar a proteção policial.


Fontes: UOL - R7 - Terra
Confira: VÍDEO Conexão Repórter - À Sombra da Lei - Parte 1
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terça-feira, 22 de março de 2016

XAROPE? História da Coca-Cola
Davi Holanda

XAROPE? História da Coca-Cola

A história da Coca-Cola inicia com a chegada do farmacêutico John Pemberton na cidade de Atlanta nos Estados Unidos, logo após a Guerra Civil Estadunidense. Ele havia acabado de participar da guerra e estava disposto a mudar de vida, em busca de uma nova clientela que comprasse suas ideias e medicamentos. 

Por não ter nenhuma habilidade em vendas, sempre fracassou em suas criações, até conhecer o contador Frank Robinson, que acaba tornando-se sócio.

Coca Wine - 1886
•1884 – Foi lançada a bebida alcoólica chamada “Pemberton's French Wine Coca”, anunciada como uma bebida intelectual, vigorante do cérebro e tônica para os nervos, sendo, inicialmente uma mistura de folhas de coca, grãos de noz-de-cola e álcool.

•1886 – O puritanismo religioso estava em alta e havia todo um movimento antiálcool. Nenhuma mulher ou homem decente poderia ser visto em lugares que fornecessem esse tipo de bebida. 

•Neste mesmo ano, todos os estabelecimentos que vendiam álcool foram fechados e Pemberton e Robinson se viram na procura por outro produto que lhes rendessem dinheiro.

Naquela época existiam os chamados “Pontos de Vendas”, lugares aonde pessoas iam após as compras, para se reunir e tomar sorvetes e xaropes misturados com água carbonada nos mais diferentes sabores, e que possivelmente acabaram dando idéias para a produção de um novo produto.

Tentando se encaixar neste novo padrão, Pemberton passou meses no porão de sua casa em Atlanta, adicionando ingredientes à água carbonada para fazer um xarope e, mandando amostras para a “Jacob’s Pharmacy”, para testar a opinião dos clientes.

No dia 8 de maio era vendida a primeira bebida conhecida atualmente como Coca-Cola, nome posteriormente dado por Frank Robinson, que utilizou a sua própria caligrafia para fazer o logotipo.

O produto era um xarope com água carbonada, servidos em copos de vidro e misturados na hora de servir.

No dia 29 de maio, Pemberton anuncia a bebida pela primeira vez no “Atlanta Journal”.

•1887 – Em seu primeiro ano de operação foram vendidos somente 25 galões de Coca-Cola, o que correspondia a 9 copos por dia, o que rendeu 50 dólares, tornando-se um prejuízo.

•1888 – Devido a problemas de saúde e financeiros, Pemberton foi obrigado a vender a fórmula, pelo total de 1.750 dólares e, acabou falecendo, no dia 16 de agosto, dois anos após ter inventado a bebida que acabaria por se tornar um dos maiores símbolos Estadunidenses. 

•No mesmo ano, Frank Robinson procura pelo empresário e farmacêutico Asa Griggs Candler que acaba comprando a fórmula por 2.300 dólares.

De 1891 a 1920 

O empresário Asa Griggs Candler acreditava no produto e queria que a Coca-Cola fosse conhecida.

Naquela época, não existiam meios de comunicação nacionais e, a grande maioria dos consumidores encontrava-se isolados nas pequenas cidades do interior que visitavam as grandes cidades. Uma das formas encontradas foi o contratar pessoas para distribuir cupons que davam o endereço e um brinde, experimentar de graça a Coca-Cola, fazendo com que os estabelecimentos fossem procurados.

Candler também acaba disponibilizando outros brindes nos estabelecimentos, como calendários e posters que serviam como uma forma dos consumidores olharem para o nome da Coca-Cola e lembrar onde compraram.

•1893 – No dia 31 de janeiro a marca Coca-Cola foi registrada.
Nova identidade para as Garrafas de Coca-Cola lançada no ano de 1916, diferenciando o produto das inúmeras falsificações que surgiram no início do século.

•1894 – No dia 12 de março Coca-Cola foi vendida pela primeira vez em garrafas de vidro em uma loja de doces em Vicksburg, Mississippi, usando garrafas de vidro que vinham com a marca da companhia de engarrafamento em auto-relevo, a “Biedenharn Candy Company”. 

•O dono da engarrafadora, Joseph A. Biedenharn ficou impressionado com as vendas e relatou o caso para Asa Griggs Candler, que não teve nenhum interesse em comercializar a Coca-Cola em garrafas.

•1895 – A forma de promoção agressiva adotada por Candler acabou funcionando, a marca Coca-Cola já contava com três fábricas que engarrafavam o produto nas cidades de Chicago, Dallas e Los Angeles.

•1897 – Começa a internacionalização da Coca-Cola, chegando no Canadá, e no México.

•1899 – Dois advogados de Chattanooga, Tennessee Benjamim Franklin Thomas e Joseph Whitehead propõem á Candler que fizessem o engarrafamento em larga escala. 

•No início Candler questionou a estava em dúvidas quanto ao engarrafamento da bebida, mas os dois negociantes que propuseram a idéia foram tão persuasivos dizendo que as pessoas poderiam levar para casa. 

•Um contrato foi firmado dando controle total do procedimento à Thomas e Whitehead para engarrafarem a Coca-Cola, e que excluía Joseph A. Biedenharn deste processo.

•1902 – Coca-Cola passa a ser vendida em garrafas com “tampa coroa”, até então, era comercializada em garrafas com tampa de rolha.

•1909 – Nos Estados Unidos, cerca de 400 fábricas já engarrafavam a Coca-Cola, sendo, a maioria delas era de propriedades de empresas familiares. Algumas foram abertas somente nos meses de clima quente, quando havia maior demanda do produto.

•1915 – Com tantas cidades engarrafando e distribuindo o produto, começaram a surgir as primeiras falsificações.

•Comerciantes começaram a engarrafar outros produtos com o rótulo parecido com o da Coca-Cola, naquela época, não existia diferenciação dos produtos, somente o rótulo, que era facilmente removível.

•1916 – É realizado um concurso para escolher um novo design para a garrafa da Coca-Cola.

•O projeto vencedor foi do projetista Raymond Louise da cidade de Terre Haute, estado de Indiana. Sua inspiração foi no formato da fruta do Cacau.

•A garrafa foi patenteada no estatuto de marcas dos Estados Unidos.

•1918 – No final do ano, Candler vende a empresa por 25 milhões de dólares para um grupo de investidores liderados por Ernest Woodruff e WC Bradley.

•1919 – O design de garrafa escolhido em 1916 já estava em todas as fábricas, dando originalidade ao produto e evitando a pirataria. 

•Neste mesmo ano foram abertos fábricas na Espanha, na Bélgica, na França, na Itália, na Guatemala, em Honduras, no Peru, na Austrália e na África do Sul.

•1920 – Mais de 1000 empresas engarrafadoras realizam a produção e distribuição da Coca-Cola nos Estados Unidos.

De 1921 a 1940

Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, a Coca-Cola já tinha se tornado a maior consumidora de açúcar do mundo para a fabricação de seus produtos. Com a guerra, começou a ter racionamento, colocando em perigo os negócios.

• 1923 – Com o final da Primeira Guerra Mundial, houve a recessão que quase faliu com a companhia , este fato fez o conselho que comandava a The Coca-Cola Company escolhesse um novo presidente, sendo eleito Robert Woodruff , o mesmo dirigiria a companhia pelos próximos 60 anos.

•1929 – A Coca-Cola lança uma caixa de metal, que a conservava gelada nos postos de vendas, chamado de “open-top cooler”.

•1931 – A Coca-Cola encomenda uma série de quadros a Haddom Sundblom, representando a imagem do Papai Noel, para uso em publicidade.

•A figura acaba tornando-se a identidade do Papai Noel. Mas, em 1927 os mesmos traços já haviam sido utilizados no jornal New York Time.

Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a Coca-Cola desenvolveu "fábricas" móveis que foram enviadas para as frentes de batalha junto com técnicos da empresa, que garantiam a produção e a distribuição da bebida para os soldados, fato este aprovado pelo então general Dwight D. Eisenhower das Forças Armadas dos Estados Unidos. 

A empresa conseguiu na época uma autorização excepcional de Washington.

Apesar dos custos de produção na frente de batalha serem elevados, a companhia decidiu arcar com os mesmos, numa tática de marketing, vendendo o refrigerante pelo mesmo preço praticado nos Estados Unidos. 

Durante o período de guerra, 64 instalações de engarrafamento foram criadas para abastecer as tropas que estavam fora dos Estados Unidos.

Este fato ajudou a abrir caminho para a internacionalização da Coca-Cola, que, durante e após a guerra acabou sendo licenciada nos diversos países em que acompanhou o exército estadunidense, incluindo o Brasil.

Tendo em vista a sua associação com os produtos Estadunidenses, o refrigerante acabou exercendo o papel de um símbolo patriótico.

A popularidade da bebida aumentou bastante no pós-guerra, quando os soldados voltaram fazendo propaganda do refrigerante.

•1942 – No dia 18 de abril foi inaugurada a primeira fábrica da Coca-Cola no Brasil, localizada no bairro de São Cristovão, no estado do Rio de Janeiro.

Também, no mesmo ano começou a produção de embalagens de vidro com 185 ml.

Até então, a comercialização da Coca-Cola no país, era exclusiva aos soldados Estadunidenses.

A partir desta data, começa a comercialização para o mercado brasileiro, propriamente dito. 

•1943 – No dia 6 de Janeiro estreou o programa “Um Milhão de Melodias”, na Rádio Nacional, que era transmitido às quintas-feiras em horário nobre. 

•O programa foi o primeiro a ser patrocinado pela Coca-Cola no Brasil.

A Coca-Cola representava a troca de culturas entre brasileiros e Estadunidenses naquela época.

No dia 28 de janeiro o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt veio ao Brasil para se encontrar com o presidente Getúlio Vargas, acertando assim o envio de tropas do exército brasileiro para a Segunda Guerra.

No mesmo ano foi inaugurada a primeira filial da Coca-Cola Brasil na cidade de São Paulo.

A Coca-Cola conta com 125 produtos, entre refrigerantes, chás e águas. O equivalente a 64 piscinas olímpicas de suas bebidas são vendidas para mais de 200 países. Somente em 2015 a marca faturou o equivalente a US$ 21,5 bilhões.



Confira mais em: Wikipédia
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segunda-feira, 21 de março de 2016

Uma história sobre Tinga
Davi Holanda

Uma história sobre Tinga



“Se pudesse não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito, eu trocaria todos meus títulos por igualdade em todos os lugares, todas as áreas, todas as classes”

A Restinga é um dos bairros mais populosos de Porto Alegre. O censo de 2010 indicava que sua população era de 51.560 moradores. Sua formação, a partir dos anos 60, tem a ver com a urbanização da cidade – e tem a ver também com exclusão social. Para abrir avenidas e solucionar os problemas de habitações insalubres, moradores das Vilas Theodora, Marítimos, Ilhota e Santa Luzia foram removidos para um novo bairro do extremo sul porto-alegrense, a 22 quilômetros da região central.

Foi na Restinga que dona Nadir criou seus quatro filhos com o salário de faxineira. Quando pegava o ônibus de manhã cedo, pensava: “Quando será que vou parar de trabalhar?” Numa tarde de 1997, seu filho Paulo César foi encontrá-la no serviço. Tinha 19 anos, estava acompanhado de uma equipe de televisão e vinha contar de seu primeiro salário como profissional: 2,5 mil reais.

Tinga já era uma revelação do time do Grêmio, aparecendo ao grande público com um golaço contra o Sport Recife. Diante do repórter Régis Rösing, chorou ao ver a mãe limpando chão.

- Já prometi pra ela que isso aí vai mudar, e vai mesmo, disse, deixando bem claro: “trabalhar não é vergonha pra ninguém”.


A vida da família mudou rapidamente, porque Tinga logo se tornaria um jogador importante para o Grêmio, ao ponto de sua torcida reproduzir, na arquibancada do Olímpico, o grito de guerra da Estado Maior da Restinga, uma das mais populares escolas de samba de Porto Alegre:

- Tinga, teu povo te ama!
Tinga mudou a condição de vida da família rapidamente, mas há outras coisas que demoram a mudar. Num jogo de 2001, Ronaldinho fez um gol pelo Grêmio e correu para abraçar Tinga no banco de reservas: “Esse gol é pra nós, que somos da vila”, disse, num episódio não registrado mas muito conhecido em Porto Alegre. Ser da vila e, principalmente, ter a pele bem escura, ainda representam um problema.

Carregando no nome o bairro onde nasceu e seu criou, Tinga é respeitado em todos os clubes por onde passou e é ídolo de vários deles. No Internacional, afirmar que foi bicampeão da Libertadores e autor do gol do título em 2006 é, na verdade, diminuir sua importância histórica na reconstrução do clube. Jogador de fibra, presente em todos os cantos do campo, pegador e goleador, Tinga foi um dos jogadores mais importantes do Inter no período entre 2005 e 2006. No Borussia, da Alemanha, o respeito com que dirigentes, torcedores e companheiros se despediram em 2010 é a melhor prova da trajetória que construiu.

Tinga sempre foi um jogador sério, dentro e fora de campo. Um treinador do Internacional disse certa vez que Tinga puxava os companheiros pelo exemplo, dedicando-se nos treinos e nas partidas como se estivesse em início de carreira. No Cruzeiro, o técnico Marcelo de Oliveira afirmou que o jogador era referência para os mais jovens do grupo. Foi assim em todos os clubes.

Nada disso, porém, foi suficiente para mudar o preconceito, que nos estádios de futebol emerge na vazão dos sentimentos levianos que expomos quando em multidão. Tinga, que em 2005 já havia ouvido imitações de macaco quando pegava na bola no estádio Alfredo Jaconi, teve de ouvir a ofensa mais uma vez na noite de 12 de fevereiro de 2014, no Estadio de Huancayo, no Peru.

Mais de um mês depois das ofensas racistas sofridas por Tinga, do Cruzeiro, na Copa Libertadores, a Conmebol anunciou uma multa de 12.000 dólares (cerca de 27.890 reais) ao Real Garcilaso, do Peru, e uma advertência pelo episódio. 

Ao final do jogo entre Cruzeiro e Real Garcilaso, uma equipe de TV pediu que Tinga comentasse o episódio. Ele tomou ar, respirou o ar da Restinga, o cheiro do colo da mãe Nadir, os golaços que fez, os títulos que conquistou, o respeito que adquiriu no futebol, todas as entrevistas ponderadas e inteligentes que deu ao longo da carreira, e disse com a serenidade e a altivez dos grandes:

- Se pudesse não ganhar nada e ganhar esse título contra o preconceito, eu trocaria todos meus títulos por igualdade em todos os lugares, todas as áreas, todas as classes.


Não precisa nos dar mais nada em troca, Tinga. Teu exemplo é o suficiente.


Fontes: impedimento e veja
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domingo, 20 de março de 2016

DIEGO FRAZÃO TORQUATO - Duque de Caxias - Brasil
Davi Holanda

DIEGO FRAZÃO TORQUATO - Duque de Caxias - Brasil

 
Conhecido como Azul, devido ao tom retinto de sua pele, ou Diego do violino, desde muito pequeno, Diego conviveu com doenças, como a meningite, mas, apesar disso, não perdeu o entusiasmo para a música.
Diego Frazão - Menino Azul
Não tinha formação clássica, mas passava sentimento na execução, o que incluiu as lágrimas do enterro do líder do Afroreggae, assassinado, Evandro João da Silva. noticiado com destaque pela imprensa brasileira, o que lhe daria notoriedade.

O jornal O Globo, relatou a imagem "como uma das mais emocionantes dos últimos tempos".

A infância dele foi marcada pelo ambiente envolvido na criminalidade e pelas doenças. A última delas levou à internação de 24 dias, quando sofreu infecção generalizada após uma cirurgia de apêndice, que levou ao agravamento do caso. Ele dependia da ajuda de aparelhos para regular a pressão sanguínea e teve uma parada cardiorrespiratória. Pouco depois morreu.

Durante esse período, também ficou internado no Hospital de Saracuruna com leucemia aguda, mas não pôde fazer quimioterapia pelo risco do procedimento.

Diego participou das oficinas do grupo em Parada de Lucas e se tornou a estrela da orquestra da orquestra de cordas do Afroreggae, uma ONG que atua no combate ao ingresso de jovens no tráfico.

Em dezembro de 2009, ele participou da campanha de final de ano da Rede Globo.

Foi indicado em 2010 ao Prêmio Faz Diferença do jornal O Globo.

Diego toca na TV, confira (aqui).

A jornalista Míriam Leitão escreveu sobre ele:

Por que as crianças morrem? Por que morre uma criança azul? Que tocava violino, que tocava as pessoas, que sabia chorar um choro tão sentido, que convocava a solidariedade. Diego poderia ter se perdido de tantas formas em Parada de Lucas, mas se encontrava. O Rio o conheceu porque ele sabia chorar e tocou violino no dia da morte do seu professor. O Rio não entendeu esse final.

Saber chorar é arte. Fugir dos riscos que cercam meninos negros nas áreas ainda não pacificadas do Rio é arte. Vencer uma meningite aos quatro, estudar violino no meio de tiroteios é arte. Fazer-se amar é arte. Diego, o artista, fez chorar quem o conhecia e quem não o conhecia, quem falou com ele, e quem nunca o ouviu.

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sábado, 19 de março de 2016

História do CUBO MÁGICO
Davi Holanda

História do CUBO MÁGICO

Imagem da web
Em 1974, um jovem professor de arquitetura de Budapeste (Hungria) chamado Erno Rubik criou um objeto que não deveria ser possível. Mesmo após de ter sido girado, o cubo não quebrou ou desmontou. Com adesivos coloridos em suas faces, o cubo foi embaralhado e assim surgiu o primeiro “Cubo de Rubik”.Erno precisou de um pouco mais de um mês para conseguir solucionar este quebra-cabeça. Mal ele sabia que o cubo se tornaria o brinquedo mais vendido do mundo. Como professor, Erno sempre procurava por coisas novas, maneiras mais emocionantes para transmitir informação, então ele usou o primeiro modelo do cubo para ajuda-lo a explicar aos seus alunos sobre relações de espaço. Erno sempre viu o cubo como uma peça de arte, uma escultura móvel simbolizando contrastes da condição humana: problemas desconcertantes e inteligência triunfal; simplicidade e complexidade; estabilidade e dinâmica, ordem e caos. Para este objeto mágico se tornar o brinquedo mais vendido do mundo, algumas tentativas foram necessárias.

Assim como as maiores invenções do mundo, o Cubo de Rubik não teve um começo fácil. Depois de mostrar o protótipo para seus alunos e amigos, Erno começou a perceber o potencial de seu cubo. O próximo passo era fabricá-lo. Os primeiros cubos foram produzidos e distribuídos na Hungría pela Politechnika. Estes primeiros cubos, comercializados como “Cubo Mágico”, eram o dobro do peso dos que seriam fabricados mais tarde. Nos anos 70, a Hungria fazia parte do regime comunista e qualquer tipo de importação ou exportação era altamente controlado. Como que a invenção de Erno, que se tornou um grande sucesso na Hungria, acabaria nas mãos das crianças dos anos 80?
O primeiro passo para o cubo ganhar reconhecimento mundial seria ser exportado da Hungria. Um parte disso foi feita pelos matemáticos que levavam o cubo para conferências internacionais e a outra parte por um empresário húngaro que levou o cubo para a feira de brinquedos de Nuremberg em 1979. Foi lá que Tom Kremer, um especialista em brinquedos, concordou em vendê-lo para o resto do mundo. A confiança implacável de Tom sobre o cubo finalmente resultou na “Ideal Toy Company” assumindo distribuição do Cubo Mágico. Os executivos da Ideal Toy acharam que o nome possuía conotações de bruxaria, e depois de passar por diversas possibilidades, o nome “Cubo de Rubik” foi decidido, e o ícone nasceu.

Desde o seu lançamento internacional em 1980, estima-se que foram vendidos mais de 350 milhões de cubos. Aproximadamente uma a cada sete pessoas já brincaram com o quebra-cabeça. Este pequeno cubo de seis cores passou a representar uma década. Ele apareceu em obras de arte, vídeos famosos, filmes de Hollywood e até teve o seu próprio programa de TV, ele representava tanto genialidade quanto confusão, deu início a um novo esporte (speedcubing), e já até foi para o espaço.

A beleza do Cubo de Rubik é que quando você vê um embaralhado, você sabe o que exatamente precisa fazer, sem alguma instrução. Porém, sem instrução é quase impossível de se resolver, fazendo com que ele seja umas das invenções mais frustantes e viciantes já produzidas.

Ernõ Rubik
Ernő Rubik (Budapeste, 13 de Julho de 1944) atualmente é um conferencista no Departamento de Design Interior na Academia de Artes Aplicadas e Ofícios em Budapeste, Hungria. Originalmente o cubo de Rubik possui as cores vermelho, laranja, verde, azul, branco e amarelo, mas pode haver variações, de acordo com cada fabricante. Ernő Rubik em apenas 31 dias conseguiu solucionar seu quebra cabeça. Hoje em dia o recorde mundial do cubo magico e de 4.90 segundos pelo jovem Lucas Etter.

Fontes: wikipédia e rubiks
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sexta-feira, 18 de março de 2016

Mario Balotelli, um jogador esculpido a golpes
Davi Holanda

Mario Balotelli, um jogador esculpido a golpes

"O racismo é a prova o quanto ainda somos primitivos. Eu sou um italiano naturalizado, mas sou do Gana. Fui abandonado pelos meus pais e adotado por dois anjos. Sofro de racismo todos os dias. Sou o primeiro negro a vestir a camisola da Itália. Não estou chateado, mas a minha experiência de vida faz-me agir de maneira diferente que as outras pessoas. Portanto tentem perceber melhor antes de me criticarem". (Mario Balotelli)
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Mario Balotelli dá 50% do seu ordenado às crianças pobres de África.

Mario Balotelli nasceu em Palermo (Sicília) em 12 de agosto de 1990. Seus pais jovens, Thomas e Rose Barwuah, tinham acabado de chegar de Gana. Sua situação não poderia ser pior, de modo que, com Mario ainda bebê, decidiram mudar-se novamente, desta vez para o norte próspero da Itália. Eles se estabeleceram em Bagnolo Mella, Brescia (Lombardia). O menino passou seus dois primeiros anos em um hospital sofrendo de uma grave doença intestinal. Os Barwuah, que viviam com outros imigrantes, decidiram colocar o filho para adoção.

Um dia, no final de 1992, os serviços sociais de Brescia bateram à porta de Francesco e Silvia Balotelli. Eles tiveram três filhos naturais — Corrado, Giovanni e Cristina — e davam apoio a outras famílias em dificuldades. Tanto que em uma ocasião a Sra. Balotelli telefonou para os serviços sociais: “Eu lhes peço, não nos telefonem mais”. Mas voltaram a fazê-lo. Agora, recorda: “Ligaram para eu ver uma criança de cor de dois anos, Mario Barwuah. Já não estava doente. Meu marido levou um carrinho de bebê e a criança pegou na mão dele”. Em 1993 ele se tornou Balotelli, um garoto negro de um bairro branco, um menino travesso que sentiu que seu futuro era ligado à bola. “Enquanto seus irmãos estavam jogando PlayStation”, diz Silvia, “ele sempre estava no corredor, era o seu campo de futebol, e nunca deixou sua bola, nem ao deitar. Jogava jogos intermináveis contra adversários imaginários”.

Não demorou muito até que os rivais imaginários se tornassem reais. Sua carreira tem a velocidade de um de seus piques. Já em seu primeiro time bateu recorde de gols. Depois de rejeitar ofertas de grandes clubes, assinou com a Inter de Milão.

Nunca um jogador de 16 anos tinha assinado um grande contrato. Agora joga no Manchester City, onde ganha quatro milhões de euros por ano. Mas seu sonho sempre foi vestir a camisa azul da seleção italiana. Na verdade, dias antes de completar 17 anos, recebeu uma oferta para jogar na seleção de Gana contra Senegal, mas disse que não. Esperou até completar 18 anos, obteve a cidadania italiana e aguardou a chamada: “Para mim nada é mais fascinante que a camisa da seleção italiana”.

A seção de esportes do El Pais há anos vem contando as danças e andanças de Balotelli, sempre à beira do impedimento, lutando contra seus adversários e contra si mesmo. Massimo Boninsegna, treinador do Lumezzane, primeiro clube de Balotelli, recorda: “O presidente do clube o promoveu de categoria porque os técnicos do infantil tinham dificuldade em controlá-lo. Eu dizia a ele que para ser líder não bastava a qualidade, tinha de conquistar seus companheiros de equipe”. Mas Balotelli era um rebelde. O próprio jogador reconhece que a primeira imagem que se lembra é de sua mãe Silvia gritando. “Depois de cada truque sujo eu dizia: ‘Mãe, me desculpe, eu prometo que este foi o último’”. Mas continuou fazendo. E ainda o faz. E nunca faltam aqueles que argumentam que o pior inimigo de Balotelli é o seu próprio caráter, seu comportamento imprevisível. O técnico Fabio Capello disse, de Cassano e Balotelli: “A Itália tem dois grandes talentos. Mas eles são loucos”.

As loucuras de Balotelli já fazem parte do mito. No Reino Unido existem programas de rádio onde os ouvintes se dedicam a contar as excentricidades do atacante. Eles dizem que o automóvel dele foi rebocado 30 vezes. Embora seu restaurante favorito fique a 100 metros de casa, ele sempre vai em seu Maserati e estaciona na calçada. Diz-se que quase incendiou a própria casa brincando com fogos de artifício, que já encheu o tanque para todos os motoristas em um posto de gasolina, que deu 1.000 libras a um vagabundo e que uma vez entrou na biblioteca de uma universidade e pagou as multas de todos os alunos que não haviam retornado os livros a tempo. Vale tudo para aumentar a lenda de um cara que, aliás, todos têm o prazer de conhecer. Em 2010, quando ganhou o troféu Golden Boy de melhor jogador sub 21, Balotelli disse: “Espero que esse troféu se transforme na Bola de Ouro. Só existe um jogador ligeiramente melhor do que eu: Messi”.

O filme sobre Balotelli, qualquer um deles, terá um fotograma inevitável. O momento em que, depois de marcar seu segundo gol contra a Alemanha na Eurocopa, tirou a camisa e, como escreveu Cayetano Ros, “apertou os músculos da parte superior do corpo em um gesto que imitava o Incrível Hulk, o super-herói dos quadrinhos” . Naquela noite, dizem os cronistas, “verificou-se que não há melhor antídoto para a arrogância [da Alemanha] que um cara como Balotelli, descomplexado e brilhante”.

Sua postura desafiadora às vezes complica sua vida, mas em outros casos é a solução. De todas as frases que Silvia disse após o jogo da Eurocopa, houve uma que retratou bem a vida do filho. Ela contou que quando o menino correu para as arquibancadas e abraçou-a e beijou-a e disse coisas bonitas em seu ouvido, também chorou. “É difícil Mario chorar. Talvez a última vez foi por causa do Mourinho”.
E aqui está, chegamos ao bandido da película. O treinador do Real Madrid comandou Balotelli na Inter. Inicialmente, o técnico português foi atraído pela natureza rebelde, mas logo se cansou. Puniu-o com o banco, mostrou-lhe a porta da rua.

Massimo Boninsegna relata o problema: “Mario precisa ser tratado como um filho. Mourinho deveria ser compreensivo”. Não era. Sua falta de tato — vamos ficar por aqui — fez o jogador passar por momentos difíceis.

Apesar de não termos tratado tanto do assunto, Balotelli é negro, um italiano negro e o racismo na Itália encontra sua caixa de ressonância nos campos de futebol. Mourinho e o racismo se juntaram aos 88 minutos da partida de janeiro de 2010, que a Inter jogava no campo de Chievo Verona. Uma parte do público tinha passado o jogo vaiando cada vez que Balotelli pegava na bola. Mourinho poderia ter esperado dois minutos para o jogador sair de campo abraçado por colegas. Mas preferiu substituí-lo. O público aproveitou e reforçou sua vaia racista. O atacante, implacável, respondeu com aplausos de ironia. Um tribunal esportivo multou — não ao público, a ele, Balotelli — em 7.000 euros. Por provocação…

Meses depois, ao jogar contra a Romênia, o atacante foi novamente vaiado e teve de suportar a ladainha absurda: “Não há italianos negros”. Mas desta vez no banco estava o treinador Cesare Prandelli, que depois da partida disse palavras bonitas e sinceras: “Vamos todos abraçar Mario porque é mentira que insultos não deixam marcas”.

Diz sua mãe branca que quando se sente mal Mario se isola, em silêncio. Agora ele deve estar se sentindo fenomenal, porque de todas as praias luxuosas da Europa chegam fotos de Balotelli na companhia de belas garotas, algumas famosas e outras tentando se tornar, acompanhados por Enock Barwuah, seu irmão de sangue, e amigos.

Para trás está ficando uma infância doentia, uma adolescência de criança negra em bairro de brancos, e um momento de sobressalto quando, já como jogador de futebol, sua mãe biológica o procurou — não se sabe se em busca de carinho ou de seu dinheiro. Durante anos, a Sra. Silvia o educou como mais um de seus filhos. Ela contou — e esta é a parte do filme que sempre emociona — que o aconselhou a ser respeitoso, tolerante com os diferentes. Que muitos outros antes dele sofreram o assédio do racismo, do fascismo. Ao fazer isso a Sra. Silvia procurava um maço de cartas escritas à mão, cheias de riscos de tinta azul, e contava uma história. Sua mãe — a avó branca de Mario – era uma judia alemã. Nasceu em Wroclaw, uma cidade polonesa da Baixa Silésia. Durante a Segunda Guerra Mundial, a mãe da Sra. Silvia chegou à Itália por causa do amor de um piloto italiano, mas a família não teve tanta sorte. A irmã mais nova da avó, de 19 anos, e os pais dela foram levados a campos de concentração e ali morreram. Os riscos em azul nas cartas foram resultado da censura dos guardas nazistas…

Quando Balotelli, junto com seus companheiros de equipe, visitou Auschwitz, estava usando fones de ouvido; não ouvia música, mas uma gravação dos horrores sofridos pelos prisioneiros. Depois de deixar o local, o atacante contou à mãe Silvia o que tinha visto. Todas estas emoções estão contidas naquela fotografia de Balotelli, nu e calado diante do estádio, mas especialmente naquela outra, em que mãe e filho juntos se abraçam e falam sobre o Sr. Francesco, agora com 86 de idade, que dava chocolate branco — o seu favorito, Goody — ao filho antes de cada partida. Prandelli pode estar certo. Insultos não vão embora sem deixar vestígios. Nem erros. Nem o sucesso. Nem as dores da infância. Balotelli, nu diante de todos, foi esculpido a golpes. A golpes muito duros, de sucessos e fracassos.

Mais: Wikipédia - 
El País
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Seis centímetros acima do joelho
Davi Holanda

Seis centímetros acima do joelho

Esta foto de autor desconhecido feita em 1922 mostra o policial Bill Norton medindo a distância entre o joelho e saia de uma jovem numa praia do lago Tidal Basin, em Washington, porque havia uma ordem das autoridades para que o comprimento das saias não passasse de seis centímetros acima do joelho.



http://m.imgur.com/TSGgVpM
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O semáforo e sua origem
Davi Holanda

O semáforo e sua origem

Embora não seja do senso comum, os semáforos já eram usados antes mesmo dos carros serem inventados.

Naquela época, para se deslocarem as pessoas utilizavam cavalos, vagões e outros meios de transporte.  Apesar da densidade populacional não ser igual à de hoje, mesmo assim o tráfego era intenso nas maiores cidades do mundo.

A palavra em si foi criada na Grécia antiga - com a junção dos termos sema (sinal) e phoros (que leva) - para dar nome a uma sistema utilizado para transmitir mensagens por tabuletas.

Semáforo (também conhecido popularmente como sinal, sinaleira e farol (português brasileiro) ou sinal luminoso (português europeu) ) é um instrumento utilizado para controlar o tráfego de veículos e de pedestres (português brasileiro) ou peões (português europeu) nas grandes cidades em quase todo o mundo. Utiliza uma linguagem simples e por isso de fácil assimilação. É composto geralmente por três círculos de luzes coloridas.

O primeiro semáforo foi instalado em 9 de dezembro de 1868 na junção das ruas Great George Street e Bridge Street, no borough de Westminster, próximo àponte de Westminster e ao Palácio de Westminster. Foi concebido por J. P. Knight, engenheiro especialista em assuntos ferroviários. Esse semáforo tinha dois braços móveis que se accionavam movendo cabos a partir de uma torre. O sistema era parecido com o dos sinais que regulavam o trânsito ferroviário. Continha duas lâmpadas de gás com uma luz vermelha e outra verde. 
Primeiro semáforo - 9 de dezembro de 1868 em Westminster
De dia a posição dos braços indicava se o trânsito podia andar ou devia parar, da seguinte forma: se estivessem na horizontal, indicavam a obrigação de parar, se estivessem posicionados a 45 graus davam permissão de se seguir viagem.

Já durante a noite a luz verde significava “cuidado” e a luz vermelha indicava que se devia parar. Infelizmente este sistema de luzes cedo provou ser inseguro. Em menos de um mês um deles explodiu, ferindo um dos policias que o operavam.

No início do século XX, os transportes estavam ainda em transição. Algumas pessoas usavam os novos automóveis, outras ainda usavam cavalos, vagões ou bicicletas. É claro que todos compartilhavam as mesmas estradas e ruas com os peões. Como seria previsível, isto resultou em séries e séries de acidentes, muitos deles mortais.

Em 2 de Janeiro de 1869, por causa de um acidente, explodiu provocando a morte de um agente policial e foi retirado.

A Alemanha resolveu abordar o problema construindo torres no meio de cruzamentos da cidade de Berlim. Nessas torres trabalhavam policias dentro de umas cabinas a mudarem as luzes conforme necessário. Este tipo de torre, que teve várias variações durante as décadas seguintes, foi muito utilizada em Nova Iorque.

Réplica do 1º semáforo da cidade de Berlim
Até Agosto de 1914 não se voltou a instalar um semáforo, o que aconteceu em Cleveland, no que é considerado o primeiro semáforo com o aspecto actual. A invenção do semáforo bicolor eléctrico é atribuída a Lester Wire, um polícial e inventor de Salt Lake City. Deve-se constar que Garrett Morgan, um afro-americano (nascido em Kentucky, EUA, em 4 de março de 1877), inventou o sistema automático de sinais de trânsito em 1923, e depois vendeu os direitos à corporação GE (General Electric).
Primeiro semáforo com o aspecto atual, 1914 - Cleveland
Potts concebeu então um dispositivo de trânsito que poderia controlar ruas de quatro sentidos. Ele usou três cores, vermelho, amarelo e verde. Colocou o sinal ligados a controlos eléctricos e fios. Em 1920, instalou o primeiro entre a Avenida Michigan e a rua Woodward. O seu funcionamento revelou-se um sucesso tal, que a polícia de Detroit instalou mais 14 em doze meses. Estes foram os primeiros sinais de trânsito automáticos do planeta.

É óbvio que a invenção de Potts não foi a última a ser imaginada para os sinais de tráfego. Em 1923, Garrett Morgan de Cleveland, Ohio, inventou e patenteou o seu próprio sinal de trânsito. Tratava-se de um semáforo formado por uma haste em forma de T e que desempenhava três acções na gestão de tráfego: parar, ir e parar todos em todas as direcções. Sem dinheiro, Morgan vendeu os direitos da sua invenção à General Electric Corporation por 40.000 dólares.


Hoje em dia os semáforos mais inteligentes já são geridos por computadores ligados a câmaras e sensores que os fazem funcionar conforme o fluxo de trânsito, a hora do dia e até o tipo de viaturas que se apresenta em determinada via.
Semáforo inteligente

Principais fontes: wikipédia - origedascoisas
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16 de junho de 1976 - O LEVANTE DE SOWETO
Davi Holanda

16 de junho de 1976 - O LEVANTE DE SOWETO

O levante de Soweto, uma das mais sangrentas rebeliões negras que ocorreu durante o regime do apartheid, na África do Sul. O governo disse que apenas 95 pessoas foram mortas, mas a estimativa real, embora não confirmada, é de que 500 pessoas foram assassinadas.


O apartheid foi um regime de segregação racial que ficou vigente entre 1948 e 1994. Durante essa época, os negros eram obrigados a viver longe dos brancos. Mas não só eles. Cada pessoa tinha um tipo de etiqueta. Ao invés de ser uma multidão, elas foram divididas em negros, brancos, de cor e indianos.

A partir da década de 70, os negros não podiam mais ter saúde nem educação de qualidade. Tudo que eles tinham acesso era sempre em condições piores que as dos brancos. Por isso 10 mil estudantes negros decidiram fazer uma passeata, de maneira pacífica, para que conseguissem melhorias na área de educação.

Esses estudantes moravam em um bairro chamado Soweto, que fica em Johanesburgo. Ali se concentravam vários outros bairros negros, onde eles foram forçados a viver e trabalhar. Soweto foi desmembrado de Johanesburgo, em 1983, de forma que eles tinham sua própria administração.

No dia 16 de Junho de 1976, os estudantes cantavam, marchando em direção a um estádio aberto, onde fariam um comício. Porém, policiais os impediram de continuar a passeata, sendo que um deles jogou gás lacrimogêneo no local para que pudessem invadi-lo.

A polícia abriu fogo contra os estudantes. Quatro deles morreram, sendo que um deles era um menino de 13 anos, chamado Hector Pieterson, que estava tentando fugir e morreu nos braços do amigo. Nesse dia, havia fotógrafos no local e essa fotografia acabou estampando os maiores jornais do mundo.

Foi a morte desse menino, que levou ao fim do apartheid. Ele se tornou um símbolo da luta contra essa segregação. Nesse dia, é comemorado o Dia da Criança Africana, instituída em 1991, pela Organização da Unidade Africana (OUA).

Que esse dia seja lembrado por todos nós e deixemos nossos preconceitos de lado, pois independente de cor, somos indivíduos que, se com um pouco de respeito podemos viver em um mundo com menos desavenças. Pensem nisso. Abaixo [link] , filmes que lembram o apartheid, mesmo que por leve menção.

Fonte: ligadona
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