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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Morte no senado e o primeiro senador preso em exercício, 1963.

Imagem: "Morte no Senado" de Efraim Frajmund/O Estado de S. Paulo. Brasília, 1963 | O Globo
No dia 4 de dezembro de 1963, movido por uma rixa política, o senador Arnon de Mello, pai do ex-presidente Fernando Collor de Mello, desferiu tiros contra o senador Silvestre Péricles de Goés Monteiro em pleno Senado.

Tudo começou quando Péricles ameaçou matar Arnon. Ambos passaram, então, a andar armados até que o senador Arnon marcou um discurso para desfiar seu rival. Enquanto Péricles conversava com o senador Arthur Virgílio Filho, Arnon de Mello xingou o rival de "crápula", partindo para cima.

Antes que Péricles se aproximasse, como em uma cena de filmes sobre o Velho Oeste, Arnon sacou a arma e desferiu dois tiros, porém, mesmo com seus 67 anos, Péricles conseguiu se jogar no chão e se proteger. As balas atingiram José Kairala, senador pelo PSD-AC na época, que morreu horas depois no Hospital Distrital de Brasília.

Apesar do ocorrido, ambos foram absolvidos das denúncias. 

Os senadores Arnon de Mello e Silvestre Péricles foram presos em flagrante. Seguindo as normas da Constituição, a prisão foi submetida ao voto de seus pares para ser aprovada. O senado aprovou por 44 votos a favor contra 4. No entanto, os parlamentares ficaram detidos por pouco tempo. Cinco meses após o assassinato, o Tribunal do Júri de Brasília julgou o caso e inocentou os dois.


Mais em: Estadão - Bol
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Davi Holanda

Editor

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